quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Gestores discutem manutenção de cotas para negros na UnB

Política é questionada pelo partido Democratas, que levou a questão para o Supremo Tribunal Federal

FONTE: Estadão.com.br
- Agência Brasil -

BRASÍLIA - A Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), com o apoio do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), realizou nesta quinta-feira, 25, uma videoconferência para discutir as cotas raciais na Universidade de Brasília (UnB). O objetivo foi debater com os gestores a política de cotas na instituição, que é questionada pelo Democratas (DEM) em uma arguição de descumprimento de preceito fundamental apresentada no Supremo Tribunal Federal (STF).

O STF vai promover uma audiência pública nos dias 3, 4 e 5 de março, para subsidiar a decisão do relator da matéria, ministro Ricardo Lewandowski.

PROGRAMA OUTRO OLHAR - Mulheres Negras

Mulheres negras falam sobre racismo e sexismo e suas articulações com a precarização das relações de trabalho.

Elisa Lucinda - Mulata Exportação

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Facebook não tira do ar sites racistas e causa protestos

FONTE: TERRA - Quinta, 28 de janeiro de 2010, 19h46 Atualizada às 19h55

A rede social Facebook vem enfrentando um problema cada vez mais grave: o surgimento de sites de ódio, que incitam sentimentos contra grupos sociais diversos, como os indianos que vivem na Austrália. As reclamações são frequentes, porém, os sites não estão sendo apagados pela empresa.

Grupos como o "I think Indian People Should Wear Deodorant" ("eu acho que indianos deveriam usar desodorante"), "Stop Whining Indians" ("parem de reclamar, indianos"), e "Australia: Indians, You Have a Right to Leave" ("Austrália: indianos, vocês têm o direito de ir embora"), não foram excluídos do portal mesmo após protestos e apelos de grupos de direitos humanos e representantes das minorias discriminadas.

Gautam Gupta, secretário da Federação dos Estudantes Indianos, disse que apesar de achar que os sites devem ser excluídos, sua manutenção permite o rastreamento dos grupos de ódio, que podem trabalhar tanto online quanto offline. Gupta acredita que este não é um problema apenas do Facebook, e sim social.

Pelo menos seis grupos australianos especificamente contra os indianos no país ainda estão ativos no Facebook. Entre os mais populares, estão o "Fuck Off - We´re Full" ("danem-se - estamos cheios", numa tradução "amaciada") e o "Speak English or Piss Off!!!" ("fale inglês ou caia fora", idem), que possui 54 mil membros e ganha aproximadamente 2 mil seguidores por semana.

De acordo com o jornal australiano The Sydney Morning Herald, o site "Speak English or Piss Off!!!" recentemente postou uma nota dizendo que estão ganhando a batalha contra o Facebook para manter a página ativa. Já Darrin Hodges, administrador do grupo "Fuck Off - Were Full", não fez apologia, afirmando apenas que a rede é inconsistente em relação à maneira de lidar com os grupos, contando também que o seu foi desativado cinco vezes além de invadido por trolls.

Alex Gollan, criador do grupo "Australians Against Racism & Discrimination" ("australianos contra o racismo e a discriminação"), conta que não é do interesse do Facebook fechar páginas racistas que publicam anúncios, e afirma que o problema cresceu muito e está fora de controle.

Darlene Ford, professora de estudantes indianos na Adelaide¿s Cambridge College, contou que seguiu todos os procedimentos do Facebook para denunciar os sites, e se diz frustrada com a falta de ação da empresa, que não quis comentar os fatos.

Aqui no Brasil existem poucos grupos que incitam a violência no Facebook - provavelmente pelo baixo número de usuários nacionais, já que no Orkut eles são inúmeros, mas é possível encontrar um que discrimina o grupo "emo". Já a Itália desistiu de combater tais sites, depois de uma onda de grupos elogiando o ataque ao primeiro ministro Silvio Berlusconi.